
Por Caetano Yamamoto* — O número de casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) tem sido consideravelmente maior do que o observado nos dois últimos anos no Brasil. Em resposta, o Ministério da Saúde anunciou a liberação de R$ 50 milhões para reforçar o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
A pasta já havia disponibilizado R$ 100 milhões no mês ado para o atendimento de crianças hospitalizadas. Os estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, sozinhos, solicitaram o incentivo para o público infantil e receberam R$ 28,5 milhões. Minas Gerais recebeu, para 88 leitos, R$ 14,26 milhões; Rio Grande do Sul, para 78 leitos, ficou com R$ 12,63 milhões; e Santa Catarina recebeu, para 10 leitos, R$ 1,62 milhão. Com a nova portaria, o total de recursos temporários chega a R$ 150 milhões.
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De acordo com o boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), de ontem (12/6), possíveis casos de gripe tiveram alta expressiva no Brasil entre os dias 1º e 7 de junho. "O número de casos de SRAG quase dobrou em relação ao mesmo período do ano ado, registrando um aumento de 91%", apontou o informe.
Para a prevenção de novos casos, a campanha de vacinação contra a gripe, que começou em abril, ainda está ativa em todo país, com mais de 65 milhões de doses distribuídas. O ministério recomenda que estados e municípios realizem a busca dos grupos prioritários (idosos, crianças e gestantes) e vacinem todas as pessoas que procurarem as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), desde que haja doses disponíveis.
“A vacinação é a melhor forma de evitar hospitalizações neste período de maior circulação de vírus respiratórios. Por isso, é fundamental que estados e municípios reforcem a imunização de crianças, idosos e gestantes”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Em 2025, até o dia 12 de junho, mais de 36,4 milhões de doses foram aplicadas em todo o país, com cobertura vacinal de 38,43% entre o público prioritário. A vacinação está disponível nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste. No Norte, a campanha ocorre no segundo semestre, considerando a sazonalidade dos vírus respiratórios na região.
A pasta lembrou ainda que, embora recém-nascidos não possam ser vacinados diretamente, a imunização de gestantes é fundamental para proteger os bebês nos primeiros meses de vida. O imunizante oferece proteção contra casos graves e óbitos causados pelos vírus Influenza A e B, os mais comuns no país.
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De janeiro a maio, apenas dois estados (Mato Grosso do Sul e Piauí) dos 26 mais o Distrito Federal não apresentaram incidência elevada de SRAG. Nas últimas duas semanas, inclusive, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) foi responsável por 42% dos casos e 12% dos óbitos. Já a influenza foi responsável por 37% dos casos e 69% dos óbitos por SRAG. Até maio deste ano, o Brasil registrou 82.201 casos e 4.126 óbitos por SRAG.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
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