
Membros do Clube do do Correio Braziliense e iradores do jornal se reuniram em clima de celebração para assistir ao musical Chatô & Os Diários Associados — 100 anos de paixão, nesta quarta-feira (11/6), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Algo em comum os unia: o amor por um jornal que nasceu junto com Brasília e a iração pelo seu criador, Assis Chateaubriand.
Na plateia, o ex-presidente José Sarney, de 95 anos, aproveitou a oportunidade para recordar o período em que conviveu com Chatô. "Tenho muita honra de ter sido amigo do doutor Assis. Também fui empregado dele durante nove anos, no Maranhão. Fui repórter de setor policial, cobri polícia durante dois anos, assim como acontece com a maioria dos jornalistas, e fiz carreira no Jornal O Imparcial. Foi a primeira oportunidade de trabalho que tive", relembrou Sarney.
"Ele foi muito importante para o Brasil e para a democracia. Um grande homem público. Foi também um jornalista extraordinário. Ele escrevia todo dia. Tínhamos por ele um respeito muito grande", destacou o ex-presidente. "Quando me tornei governador, ele quis fazer o Museu do Maranhão e eu fiz. Ele contribuiu também enviando alguns quadros", lembrou Sarney, que assina o Correio e colabora com o jornal escrevendo para a editoria de Opinião.
do Correio há mais de duas décadas, o procurador federal Francisco de Assis Chiaratto, 88, assistiu atento à montagem. irador da trajetória de Chatô e defensor do jornalismo comprometido, destacou: "O Correio é um veículo de extrema importância, sempre guiando a sociedade com temas essenciais para o governo, os empresários e o povo". Autor do livro Arca de Noé: Os Dois Brasis — o Brasil que queremos e o que não queremos, ele disse que baseia seus estudos nas análises do Correio.
Ao comentar sobre o homenageado do musical, Chiaratto se emocionou: "Chatô foi um homem íntegro, que impulsionou o Brasil com rádio, TV e mais. Uma figura marcante da nossa história. A montagem é um presente à sociedade de Brasília".
Visionário
Juliana Martins Araújo, 34, é uma das novas s do jornal, com apenas cinco meses de vínculo, mas uma história de longa data. "Quando eu era criança, aos domingos, gritavam 'Olha aí o Correiooo!' e eu corria para pegar o jornal. Isso marcou minha infância", relembra. Ontem, foi ao espetáculo com a filha Giovanna, 13, cheia de expectativa. "A trajetória de Chatô é incrível. Ele começou como repórter aos 14 anos e já se preocupava com causas sociais. Isso me impressiona", disse Juliana.
Ela também contou o motivo que a levou à impressa. "Queria que meus filhos tivessem o à informação de verdade. É importante sair da bolha do celular. O papel convida à reflexão. Assinei para que minha filha vivesse essa experiência". Giovanna, por sua vez, ficou encantada com a música. "Gostei muito da trilha sonora. Foi isso que me fez querer vir", contou, sorridente.
O espetáculo é uma verdadeira máquina do tempo, transportando o público às décadas em que Assis Chateaubriand transformava a comunicação no Brasil. Entre os que embarcaram nessa viagem estava Paulo Ângelo, 66, do Correio há mais de 20 anos. Fascinado por história, ele foi prestigiar o "rei do Brasil", como costuma chamar Chatô. "Assistir ao Stepan Nercessian nesse papel é um privilégio. Ele sempre entrega grandes atuações", disse.
Ao lado da esposa, Sandra Vale, e dos amigos Carlos Teixeira e Marlene Borges, Paulo saiu do teatro com uma palavra na ponta da língua: "espetacular!". O amigo também se mostrou entusiasmado: "Maravilhoso. Representou muito bem a grandeza de Chatô".
A carioca Sônia Amorim, 81, foi movida pelo formato musical e o desejo de saber mais. "Conhecia um pouco da história e quis aprender mais sobre esse grande empreendedor". Sobre Chateaubriand, ela foi categórica: "Um homem à frente de seu tempo". Após a peça, ela ainda deu uma ada na exposição montada no Centro de Convenções.
Cultura
As amigas Elizabeth Barreiros, 73, e Graça Santos, 75, foram juntas assistir ao espetáculo. Elizabeth disse não se lembrar há quanto tempo é do Correio Braziliense. "Deve ter por volta de 20 anos. Só sei que acompanhei muitas coisas lendo o Correio", comentou. Na avaliação dela, a peça é um resgate da cultura e da história de Chatô e dos Diários dos Associados. "Ele era uma figura muito ligada à cultura. É muito interessante poder prestigiar esse legado", comentou.
Amante de teatro, Graça, 75, considerou a obra incrível. "Eu nunca paro em casa. Então, quando fiquei sabendo da peça, sabia que viria".
*Estagiário sob a supervisão de Malcia Afonso

Mariana Saraiva
RepórterJornalista formada no IESB e pós graduanda em Jornalismo Digital. Estagiando desde 4º semestre da graduação. ando pela Rádio Alpha Fm, Marketing do Hospital Santa Marta, Assessoria de impressa da Valec (Atual Infra S.A), editoria de cultura