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Ibovespa fecha em queda de 0,43%, mesmo com valorização no setor do petróleo

Ações da Petrobras e de outras empresas do segmento roubaram a cena nesta sexta-feira, em linha com a valorização da commodity no mercado internacional

Principais referências internacionais, os barris WTI e Brent dispararam 13% e 12% no acumulado da semana.  -  (crédito: Reprodução)
Principais referências internacionais, os barris WTI e Brent dispararam 13% e 12% no acumulado da semana. - (crédito: Reprodução)

No último dia de operações do mercado financeiro na semana, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo fechou o pregão em queda, impactado por receios na política internacional e ainda diante de uma crise sem fim entre governo e Congresso Nacional no cenário interno. Nesse contexto, o Ibovespa/B3 encerrou esta sexta-feira (13/1) em queda de 0,43%, apesar de acumular valorização de 0,82% na semana.

O mercado digeriu mal os ataques promovidos pelo exército israelense ao território do Irã e à escalada do conflito pela tarde, quando o país de maioria xiita retaliou Israel com bombardeios em todo o país. A situação fez com que as bolsas em diversos países recuassem, enquanto o mundo acompanhava tenso as ofensivas no Oriente Médio.

Na Ásia, onde os mercados fecham primeiro, os principais índices terminaram todos no vermelho, com destaque para a bolsa de Xangai, na China, que recuou 0,75%, e a de Tóquio, no Japão, que recuou 0,89%. Na Europa, a direção foi a mesma: Euro Stoxx 600 (-0,88%); DAX (Alemanha) (1,49%); FTSE 100 (Reino Unido) (-0,45%); CAC 40 (França) (-1,17%); e FTSE MIB (Itália) (-1,43%).

Também houve queda nos três maiores índices dos Estados Unidos. Com o presidente Donald Trump apimentando o conflito no Oriente – ao dizer que os ataques de Israel seriam “ótimos para o mercado, porque o Irã não terá uma arma nuclear” –, o Dow Jones recuou 1,79% nesta sexta-feira, enquanto que Nasdaq e S&P 500 tiveram quedas de 1,13% e 1,3%, respectivamente.

O Índice DXY, que mede a força do dólar ante outras grandes moedas do mundo, terminou o dia em alta de 0,25%. No Brasil, a divisa norte-americana terminou praticamente no zero-a-zero, com leve avanço de 0,01% ao final do pregão, sendo cotado a R$ 5,54. O dia foi marcado por intensa volatilidade do dólar, refletindo a crescente tensão geopolítica no Oriente Médio, como avalia Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.

“O aumento do risco geopolítico impulsionou globalmente a demanda por ativos de proteção, como ouro e dólar, e impactou diretamente o preço do petróleo devido à importância estratégica da região para a produção da commodity”, destacou o especialista.

Setor de petróleo sobe

Em meio ao receio global, um setor parece ter escapado do turbilhão e registrou valorização mais forte ao final do dia: o petróleo, que avançou 7,02% na cotação de agosto para o barril do tipo Brent – referência para os preços internacionais –, sendo vendido a US$ 74,23. O West Texas Intermediate (WTI) também fechou em alta, desta vez, de 7,29%, com o barril comercializado a US$ 72,98. No acumulado da semana, WTI e Brent dispararam 13% e 12%, respectivamente.

No Ibovespa, as ações de empresas do setor foram o destaque positivo desta sexta-feira, apesar de não terem puxado o principal índice para o azul. Mesmo assim, dos três maiores avanços no dia, dois vieram de petrolíferas, com a Petrorecôncavo (RECV3) liderando a fila, com alta de 2,71% e os papéis preferenciais da Petrobras (PETR4) na sequência, com 2,46%.

Outras ações do setor também protagonizaram o pregão desta sexta-feira, com a Prio (PRIO3) fechando em alta de 1,76% e a Bravia subindo 1,51% ao final do dia. Pelo lado oposto, papeis como CVC (CVCB3) (-8,33%), Magazine Luiza (MGLU3) (-7,07%) e Usiminas (USIM3) (-5,92%) tiveram as maiores quedas diárias.

postado em 13/06/2025 20:22
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