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Saga de amor e sobrevivência, "Guerreiros do Sol" estreia nesta quarta-feira (11/6)

Com abordagem inovadora pautada no olhar feminino, produção original Globoplay "Guerreiros do Sol" traz o sertão nordestino e o cangaço sob o prisma da atualidade. Novela estreia nesta quarta-feira (11/6) na plataforma de streaming e no antigo canal Viva

Produção traz releitura do cangaço de Lampião e Maria Bonita, agora com Rosa (Isadora Cruz) 
e Josué (Thomás Aquino)
 -  (crédito: Globo/Estevam Avellar)
Produção traz releitura do cangaço de Lampião e Maria Bonita, agora com Rosa (Isadora Cruz) e Josué (Thomás Aquino) - (crédito: Globo/Estevam Avellar)

Após dois anos de espera entre o fim das gravações e a estreia, chega ao Globoplay, nesta quarta-feira (11/6), Guerreiros do Sol, a terceira novela original da plataforma. Criada e escrita por George Moura e Sergio Goldenberg, com direção artística de Rogério Gomes, a trama se a no Sertão, nas décadas de 1920 e 1930, e é livremente inspirada na vida de Lampião e Maria Bonita e de muitos outros casais de cangaceiros que cruzaram o Nordeste brasileiro.

A novela estreia no Globoplay e no Globoplay Novelas. No serviço de streaming, serão liberados cinco capítulos por semana, sempre às quartas-feiras. No canal linear, os capítulos serão exibidos de segunda a sexta-feira, às 22h40, com reapresentação do capítulo de sexta no sábado.

Uma história de amor em tempos de guerra é o fio condutor de Guerreiros do Sol, que traz a história de dois sertanejos, Rosa e Josué, interpretados por Isadora Cruz e Thomás Aquino, que se tornam um dos mais famosos casais de cangaceiros de todos os tempos. Como pano de fundo, o universo do cangaço e reflexões sobre as origens e contradições do Brasil atual. Paixões, traição, política, vingança, dinheiro e banditismo são alguns dos temas que peram os capítulos, recheados de brasilidade e com protagonismo feminino em destaque.

Para George Moura, a narrativa é inspirada no universo do cangaço, mas sem o maniqueísmo tradicional. "O cangaceiro não é herói nem bandido, ele se torna cangaceiro porque é o espaço que ele encontra para sobreviver a uma geografia física onde a lei do papel não chega, é a lei do mais forte", explica o autor. "Eram tempos de violência, regidos pelo sistema patriarcal, e esse aspecto arbitrário é traduzido pelo olhar da Rosa, que narra a história", destaca Sergio Goldenberg. 

Arduíno (Irandhir Santos)
Arduíno (Irandhir Santos) representa a violência e o sistema patriarcal da época e do ambiente (foto: Globo/Estevam Avellar )

Novos tempos

A história — gravada em 2023 — não é a de Maria Bonita e Lampião, mas sim, uma narrativa que busca redefinir o papel da mulher no cangaço. "Não é a história de Maria Bonita e Lampião, tem a liberdade de ter outros nomes, Rosa e Josué", explica Isadora Cruz. Para ela, a produção busca ar uma nova mensagem de sororidade e empoderamento feminino.

"Em 1930, as mulheres eram vistas como competidoras e rivais, ela se sentia superior por ser a primeira-dama do cangaço. Na história atual, isso é reescrito para ar essa mensagem de sororidade, é muito poderoso", destaca a atriz. "Uma mulher contando essa história masculina, sangrenta, animalesca, e um olhar mais sensível é um sinal dos novos tempos", reforça Thomás Aquino.

A presença feminina em Guerreiros do Sol — com personagens fortes, à frente do seu tempo — trará reflexões contemporâneas sobre doenças como o câncer de mama (drama que será enfrentado pela personagem de Nathália Dill) e questões de gênero e relacionadas à sexualidade (como no caso de Jânia, vivida por Alinne Moraes). "A gente vê a abordagem da presença da mulher no cangaço como uma grande oportunidade de nos comunicar com o público de hoje", complementa Sergio Goldenberg.

 Jânia (Alinne Moraes)
Jânia (Alinne Moraes): as questões de gênero retratadas à flor da pele (foto: Globo/Estevam Avellar)

Fenômeno ficcionado

O título Guerreiros do Sol foi tomado de empréstimo do livro homônimo de Frederico Pernambucano de Mello, que é consultor de pesquisa e conteúdo do projeto. A publicação é um estudo histórico e sociológico do fenômeno do cangaço, que serviu de base para diversas áreas da produção, como figurino e direção de arte. "Não estamos fazendo uma adaptação da obra, e sim, uma ficção a partir de um fenômeno que, de fato, existiu", conta Moura. "Não é o cangaço que foi, é o cangaço que poderia ter sido", complementa o autor Sergio Goldenberg.

Nem só de amor romântico se faz Guerreiros do Sol: relações fraternas também estão no centro da trama. Rosa e Otília (Alice Carvalho) são irmãs inseparáveis, mas de personalidades distintas, que vão se apoiar durante toda a narrativa. E os irmãos Alencar — Josué, Milagre (Ítalo Martins) e Sabiá (Vítor Sampaio) — , que entram juntos para o cangaço e seguem como unha e carne enfrentando o primogênito da família: Arduíno (Irandhir Santos), o grande vilão da obra.

 Valiana (Nathália Dill)
A saúde feminina será abordada por meio de Valiana (Nathália Dill) (foto: Globo/Estevam Avellar)

A trama ainda traz no elenco nomes como José de Abreu, Alexandre Nero, Alinne Morais, Daniel de Oliveira, Nathalia Dill, Rafa Sieg e muitos atores nordestinos como Isadora Cruz, Thomás Aquino, Irandhir Santos, Marcélia Catarxo, Alice Carvalho, Luiz Carlos Vasconcelos, Kelner Macedo, Vitor Sampaio, Italo Martins e Rodrigo Garcia.

"Ter um grande número de atores nordestinos no elenco foi uma prioridade para a gente. Eles trazem a atmosfera do Nordeste para dentro do set", avalia o diretor artístico Rogério Gomes. 

 


postado em 11/06/2025 08:01
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